sábado, 29 de maio de 2010

TRAGÉDIA COMUM - INFELIZMENTE

Hoje, assim como ontem, fiz um dos trajetos mais seguros para meu trabalho, é um caminho que vem por São Caetano pela Av. Presidente Kenedy, viro e atravesso a Vila Gerty, passo no Fórum de São Caetano, pego a estrada das Lágrimas, atravesso a Rudge Ramos e pego a Av. do Taboão. Quando passei em frente a Ford vi um jovem coberto pelo manto do IML.
Um motoqueiro, pelo que pude averiguar com os bombeiros, por algum motivo perdeu o controle da moto, caiu e bateu a cabeça não se sabe onde. Segundo os bombeiros não a sinais de atropelamento.

Eu acho que ele bateu numa dessas bolas no centro da pista e perdeu o controle. ??? Mas pelo estrago ele estava bem rápido.
Eu imaginava que ele bateu a cabeça numa dessas guias elevadas (trapezoidais), mas depois de examinar o local na volta foi que eu vi esse pedaço de concreto no chão, todo melado de sangue.
Na rua e na calçada não há local de onde possa ter vindo, porém na cerca da Ford há uma reforma do piso e parece ser de lá

Não duvido que algum caminhão tenha parado ali e a pedra tenha sido usada para apoiar uma das rodas. Ai o cara vai embora e deixa a pedra na sarjeta pro motoqueiro quebrar a cabeça.

Se for o caso, poderia ser um acidente diferente, eu descendo de bicicleta na volta (detalhe,á noite), numa velocidade considerável, dou uma topada com essa pedra e caio de cabeça na guia trapezoidal, ou na frente de um carro.

Ontem eu fiz esse mesmo caminho e vi dois garis “limpando” as sarjetas. Talvez o conceito de limpeza e prevenção de acidente nas ruas deva ser revisto, e os trabalhos serem mais efetivos ao que se referem. Também vi essa semana a “revitalização” do viaduto no entroncamento da Av. Luis Inácio de Anhaia Melo com a Av. Salim Farah Maluf, passaram um cal sem vergonha por cima das várias outras camadas de cal existentes e não limparam os cantos da pista.

De mais seguro esse caminho perdeu conceito. Não há muitas opções, pois já fiz o caminho pela Prestes Maia e Lions (loucura) e Rua 31 de Março, não é viável. Falta vir direto pela Cursino, só que os busão passam ali igual foguete, e alguns trechos como em frente a garagem da Via Sul a calçada é a melhor opção disparado.

Atenção quem desce a Av. do Taboão sentido Rudge Ramos, depois da Ford, lá em baixo antes da curva, passando a última lombada, há uma tampa de piso (esgoto) que é funda e com as bordas tortas, CUIDADO PRA NÃO CAIR, é pouco antes da curva. E na Estrada das Lágrimas em frente o cemitério tem muito buraco no bordo de pista e sarjeta.

Se você esta se peguntando o que é essa coisa rosa no chão é isso mesmo, é parte do miolo do cara.
Ele era uma cara jovem, de boa aparencia, devia ter menos de 30 anos. Quantos acabam assim.
Eu não quero ser mais um deles. Por isso esse espaço de concientização e protesto.

Vamos nos ajudar a melhorar a vida de muitos.

Será que esses balizamentos centrais ja não causaram outros acidentes graves.

Um ciclista que conversou comigo quando eu tirava as fotos á noite disse que de moto ja acertou uma dessas ali mesmo e foi parar do outro lado da pista, ele vendeu a moto e prefere mil vezes a bicicleta, disse que em São Paulo não dá pra ter moto... e eu completo, as vezes nem bicicleta.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

FLAGRAS DE PERIGO

Como esse tópico sempre tem assunto, já vou começar a dividir esses flagrantes entre os perigos da estrada, direção perigosa, estrada ruim, flagrante de descumprimento das leis de transito (só não aparece os meus, to atrás da câmera), e por ai vai.
Semana passada estava indo trabalhar e fui pela Av. Padre Arlindo Vieira depois da “Igreja de Nossa Senhora das Merces”, foi então que me deparei com esse caminhão transportando sucata de ferro.



Meu amigo, quando eu vi uma chapa de mais ou menos 1 polegada balançando e vindo pra beirada da caçamba eu dei uma freada que até assustou quem vinha atrás.
O caminhão logo virou á esquerda antes de descer para o Jd. Climax, mas deu tempo de tirar essas duas fotos. Resta saber o que fazer com elas.

Vamos levar a diante esse problema? Não da pra ficar omisso vendo esse tipo de coisa.
O que você faria? Mande seu comentário.

terça-feira, 25 de maio de 2010

LABUTA DIÁRIA DO TRANSPORTE PÚBLICO


Pra começar, to de trampo novo, fica lá em São Bernardo no Jardim Taboão, divisa com São Paulo perto da Cursino e do Pq. Bristol.
Pra chegar lá de ônibus eu pego uma perua para o Sacomã na Rua Solidônio Leite. A perua segue pela Solidônio, desce a Rua Hervis, pega a Av. Vila Ema até próximo da subprefeitura da Vila Prudente, pega a Av. Luiz Inácio de Anhaia Melo entra no Terminal Vila Prudente, pega a Rua e Viaduto Pacheco Chaves, Rua do Manifesto, Rua Tabor, Av. Nazaré... ufa... falta pouco, vira na Gentil de Moura á esquerda e mais um pouco abaixo chega ao Terminal Sacomã.
Percurso aproximado de 18 Km Tempo médio 60min

No Terminal Sacomã tenho opções, a mais utilizada é a linha Pq Bristol (da uma volta), essa linha tem intervalos mais curtos de partida. Ônibus sai do Terminal pega o Complexo Viário Escola de Engenharia Mackenzie, Via Anchieta (é o pedaço do transito, já levamos 35min só ali), Av. Padre Arlindo Vieira, da umas costuradas na Vila Livieiro, sai na Av. do Cursino próximo á garagem da Via Sul, desce a Rua dos Ourives e chegamos.

Percurso aproximado “Não sei, vou descobrir” Tempo médio 40min

Legal né, só dentro de busão vai 1:40 hs. Fora a fila no Terminal e a espera perto de casa dão mais uns 20 min.
Então fechamos em 2:00 hs

Minha bike não é daquelas que todo mundo ta acostuma do a ver em “sites” da Internet, ela é idosa sim, standard, 18 marchas, de ferro... só que o motor é dois tempos.
Com minha magrela (que confisquei da minha esposa, é azul tá), faço caminhos alternativos que de casa até o Terminal Sacomã já fiz em 22min, do Sacomã até a Rua Helvétia (Jd. Taboão – SBC), mais 35min (tem muito morro). E indo direto por outra rota já fiz em 50min.

Considerando ainda o tempo de higiene pessoal e acomodação dos acessórios da bike, ainda sobra mais de 30min.
Vantagens além do tempo: não fico estressado no transito, de pé no busão com a turma do “arrocha” (um passinho pra traz que entra mais um). Dá uma melhorada na barriguinha. Economiza o “dim dim” (dá pra comprar uma pizza no sábado, ou pagar a conta de água). Conheço novos lugares. E todo aquele papo de sustentabilidade e saúde.
Mas o risco afasta a maioria das pessoas das ruas, logo vamos falar sobre vários detalhes a respeito. Por enquanto fica a opção oficial de transporte público. As alternativas de ônibus e de bike tratarei numa seqüência de artigos.

Lembre-se, cometemos mais erros que acertos, a maioria são atitudes irresponsáveis ou inconseqüentes, os acertos é que devem ser debatidos ainda mais que os erros, dessa forma os erros ficam mais evidentes e a conseqüência natural é que com vários acertos os erros sejam sufocados e minimizados. No entanto há erros que são impostos por normas, legislações e administração ineficazes.

Ex: Como é que vou andar ao menos duas quadras em "bordo de pista" ? ? ? ! ! !

Mas isso é tema pra depois.


Fiquem com Deus.

domingo, 9 de maio de 2010

Canal Aberto

A algum tempo tenho pensado numa forma de mostrar minha indignação com o descaso das bicicletas como alternativas de transporte, e do caos do transito que não serve pra outra coisa além de piorar a qualidade de vida das pessoas. Ah não...também serve pra vender bala, quem sabe o transito pode aumentar tanto (e vai) que ao invés de ir trabalhar no centro, por exemplo, eu poderia ir pro farol vender bala e almoçar em casa, chegar na hora da novela, tomar café com as crianças. Mas a vida não é assim, só para os corajosos.

Voltando ao assunto. Devido a uma série de dificuldades que encontro no meu trajeto diário, decidi compartilhar minhas "aventuras" entre carros e motos. Estou aos poucos pesquisando sobre legislação, saúde, impacto no transito e atitude, tudo relacionado ao uso frequente das bikes nas ruas de São Paulo.

Há diversos sites e blogs relacionados a ciclistas e ciclismo, eu porém senti uma grande necessidade de um canal diretamente ligado a você que como eu não suporta o transito de sampa e vê nas bicicletas uma alternativa eficaz.

Acho importante frizar que a hipocrisia é algo que deve ser fortemente combatido pois é uma afronta a qualquer pessoa que sendo enganada pela suposta solução encontrada está sendo de fato desrespeitada como cidadã e ser humano.
O problema é que a verdade é sempre agreciva, principalmente se afeta alguém (e sempre tem os dódoi da vida).

Visando melhorar o fluxo de informações e documentar situações, problemas e soluções para as alternativas de transporte, gostaria de convidar todos os leitores que se identificam com o tema sugerido para formar-mos uma rede de convivência com estórias, imagens e dicas do dia a dia dos trabalhores de bike da cidade de São Paulo.

Agradeço pelo apoio, conto com a ajuda de todos.